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Professor com pós-doutorado pede emprego no semáforo em Taubaté

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Professor com pós-doutorado pede emprego no sinal em Taubaté (Foto: Arquivo Pessoal/Luana Ribeiro)

Professor com pós-doutorado pede emprego no sinal em Taubaté (Foto: Arquivo Pessoal/Luana Ribeiro)

Ele está desempregado há um ano e oito meses e recorreu à placa no sinal para tentar uma oportunidade.

Poliana Casemiro, no G1

Um doutor em literatura pela Universidade de São Paulo (USP) está pedindo emprego no semáforo em Taubaté. Eduardo Cobra, 57 anos, trabalhou 20 anos como professor em universidades, mas está há quase dois anos desempregado. Ele estava vendendo doces nas ruas, mas conta que tomou a atitude ‘radical’ porque precisa manter a família.

O professor relata que até 2015 dava aulas em uma universidade em Pindamonhangaba, mas foi demitido depois de um corte no orçamento. Após a perda, tentou vagas em outras instituições, mas não conseguiu – foram mais de 600 currículos enviados. Com o tempo, desistiu de buscar uma vaga apenas em sua área e chegou a fazer bicos.

“A gente se esforça para ser o melhor no que faz, mas diante da necessidade, tudo vale. Minha última atividade foi vendendo doces nas ruas da cidade, mas não foi o bastante para manter minha família”, conta Eduardo.

Ele afirma que, apesar de querer voltar à sala de aula, aceita propostas fora da sua área. Familiares têm ajudado com as contas da casa, relata o professor.

Há uma semana ele passa cerca de sete horas no semáforo da avenida Nove de Julho com uma placa em que pede emprego e onde mostra suas formações acadêmicas. No currículo constam licenciatura em história, bacharelado em teologia, mestrado em ciências da religião, doutorado em educação e pós-doutorado em letras. O último curso, de acordo com a USP, onde ele foi realizado, foi concluído no início de 2016.

O professor conta que começou a atuar na área de educação ainda jovem e que se especializou acreditando no potencial da troca de conhecimentos. “Foram anos de renúncia, de estudo e qualificação para oferecer o melhor aos meus alunos. Mas é triste ver que a educação também é negligenciada. Com tantos títulos, terminei pedindo qualquer emprego no semáforo”, diz.

Planejamento de estudos: veja, estudar bem não quer dizer que você deve estudar muito

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Publicado no Amo Direito

Atualmente o que mais vemos hoje em dia é o problema das pessoas não conseguirem estudar tudo que deveriam pelo fato do assunto da prova ser extremamente grande e por muitas das vezes chato. Entretanto, esse problema pode ser facilmente resolvido através de um bom planejamento de estudos. Vou passar o meu e espero que seja útil para você e para seu desenvolvimento a partir de agora.

Estudar horas a fio prejudica mais do que ajuda
Quem nunca chegou em uma situação na qual tinha que deixar pra estudar absolutamente tudo em cima da hora, por ter acumulado o que poderia ter sido estudado durante os meses antecedentes à prova? E o pior, esses estudos arrasadores pouco nos ajudam, só aumentam nossa ansiedade e o medo de sair mal na bendita prova.

Os fatores para se acumular assuntos são diversos, nem sempre quem faz isso é por falta de responsabilidade. No curso de direito, principalmente nas turmas de direito noturno, a maioria dos estudantes trabalham e por conta disso não possuem tempo para estudar como deveria. A dica é: Leia resumos, não caia na besteira de pegar a doutrina bem no dia da prova. A internet está cheia de resumos muito bons, com certeza você vai entender e fazer bem sua prova, ou seja, doutrina no dia da prova NÃO!

Memória fotográfica? Abuse dos mapas mentais!
Muitas pessoas possuem uma memória fotográfica excelente. Essas pessoas aprendem mais um assunto vendo um esquema dele do que ter lido 100 páginas. Se você tem desse estilo pesquise na internet sites que produzem mapas mentais sobre seu assunto e seja feliz! Você vai gostar muito, afinal essa é sua forma mais simples de aprender. É claro que nenhum mapa substitui uma boa doutrina, mas na hora do desespero a melhor coisa a se fazer é estudar tudo resumido.

Isso serve tanto pra quem acumulou o assunto quanto para quem anda com seus estudos em dia. Nesse último caso, é muito bom fazer uso desses mapas na questão de fixar o assunto que você está estudando, até porque você não perderá muito tempo lendo ele, afinal o seu tempo maior será estudando doutrina.

Quantas horas estudar por dia?
Não adianta eu dizer quantas horas você deve estudar, isso é muito relativo e depende de diversas variantes. A disponibilidade de tempo é o maior problema para o estudante de direito, principalmente quando você participa de grupos de estudos, estágios ou até mesmo já exerce algum trabalho e concilia ele com seus estudos.

Não fique com a consciência pesada pelo fato de não ter o dia todo para estudar. lembre-se que qualidade é infinitamente mais importante do que quantidade. Se preocupe em valorizar o tempinho que você tem, estude com foco, se livre das distrações pelo menos nessa hora. É muito melhor você estudar uma ou duas horas focado do que 4 horas sem prestar atenção no que está estudando pelo fato de se distrair com tudo que passa pela frente (Pc, celular, amigos, familiares etc).

Como planejar adequadamente
Se tiver tempo, é a melhor coisa a se fazer. Se você tiver tempo, faça resumos das aulas que seus professores passaram ou até mesmo leia elas e parta para sua doutrina. Depois disso, resuma o que você leu para que não seja necessário você voltar à doutrina novamente para ler a mesma coisa, isso é muito bom para economizar nosso precioso tempinho.

Porém, tem gente que consegue estudar somente pelo caderno com as anotações que são feitas em aula. Se você for assim, é interessante fazer uso de mapas mentais e de doutrina (Se tiver tempo) apenas para ver o assunto de cima em seu conteúdo. Assim, você dominará o assunto muito bem!

O que eu faço
Depende da situação. Se eu estiver acompanhando o assunto certinho, eu leio a doutrina assim que chego em casa mesmo cansado, às vezes não dá mas faço assim sempre que posso. Depois, assisto uma vídeo aula sobre o assunto do dia no youtube, e o melhor de tudo é que isso é de graça! Os melhores são o saber direito e o prova final

Se eu não tiver estudado certinho a disciplina, eu faço uso de apostilas resumidas para pelo menos ter uma noção básica do assunto e decoro pequenos conceitos importantes sobre a disciplina para não zerar na prova. Quando dá eu vejo uns mapas mentais, mas não faço isso sempre e faço resumos do que os professores falam em sala de aula. Eu prefiro ler doutrina mesmo, só recorro aos mapas quando não tem mais jeito, rs. Independentemente de estar ou não com o assunto eu vejo os vídeos! São os melhores professores do Brasil e duram no máximo uma hora, show de bola.

Conclusão
Muitas vezes não conseguimos fazer um bom planejamento de estudos por vários motivos, mas isso não é desculpa para não estudar. Sempre há um jeitinho de você dar uma lidinha no assunto, seja por resumo, anotação, mapa mental ou leitura de doutrina. O mais aconselhável é que nós leiamos todos os dias nem que seja um pouquinho. É com esse trabalho de formiguinha, juntando pedrinha por pedrinha, que um dia iremos conseguir construir nosso castelo!

O que não podemos é deixar de estudar, se o tempo for extremamente curto a internet está para ser usada, cabe a você fazer um bom proveito dela e filtrar os bons conteúdos. Abraços e bons estudos!

Fonte: diariojurista

Uma brasileira na escola mais verde do mundo

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Neste ano, Janaina tem alunos de 11 diferentes nacionalidades em sua turma

Neste ano, Janaina tem alunos de 11 diferentes nacionalidades em sua turma

Thais Paiva, no Carta Educação

Praias paradisíacas e exuberantes florestas tropicais são alguns dos atributos que colocaram a pequena Bali, na Indonésia, em evidência no mapa. Recentemente, porém, outro mérito vem chamando a atenção do mundo para a ilha: lá está localizada a escola mais sustentável do mundo, a Green School.

Com estrutura inteiramente erguida em bambu (material renovável muito comum na região), paredes vazadas que integram o espaço à rica vegetação local e captação de 80% da energia elétrica consumida por meio de painéis solares, a escola internacional privada tornou-se referência quando o tema é uma educação holística.

Em meio à diversidade de nacionalidades de alunos e docentes, uma brasileira ensina crianças de 4 e 5 anos conhecimentos sobre música, ciência, artes e meditação. Primeira professora latino-americana contratada pela escola, Janaina Ricci conta que passou por um exaustivo processo seletivo para chegar ali.

Depois de ver um vídeo sobre a instituição e visitar seu site, Janaina descobriu que havia uma vaga aberta com data de expiração para dali a dois dias. “Em menos de 24 horas, atualizei meu currículo, escrevi uma carta de apresentação e torci para eles entenderem que eu não teria tempo para gravar um vídeo falando sobre mim”. Depois seguiram-se uma série de entrevistas por Skype até Janaina ter a confirmação de que era a escolhida dentre mais de 700 candidatos.

Além dos professores estrangeiros, que ministram as aulas em inglês, todas as classes possuem um professor local que é responsável pelo ensino do idioma e cultura indonésia. “Na minha sala, trabalho com duas balinesas incríveis. Acabo ensinando muito da cultura brasileira para as crianças, elas amam as histórias do nosso folclore e também as brincadeiras”, diz Janaina que, neste ano, tem alunos de 11 diferentes nacionalidades em sua turma entre indianos, russos, suíços, chineses, italianos, americanos e filipinos.

O currículo da Green School é sustentado por uma pedagogia segundo a qual deve-se trabalhar de forma integrada quatro dimensões do ser humano: emocional/afetiva, espiritual/intrapessoal, cognitiva/intelectual e sinestésica/movimento. “Em uma mesma aula, saímos pelo campus e plantamos na horta (sinestésica/movimento), observamos os vegetais que já cresceram, seu caule, raízes, folhas (cognitiva/intelectual), desenhamos estes mesmo vegetais e/ou cantamos músicas que falem sobre plantas (emocional/afetiva) e terminamos numa grande roda dividindo o que sentimos durante essa aula (intrapessoal/espiritual)”, explica Janaina.

O meio ambiente também atua como “professor” das crianças

O meio ambiente também atua como “professor” das crianças

 

Integrada ao ecossistema, na Green School a natureza também atua como um “professor”. “Podemos sentar próximos à horta e fazer desenhos de observação, coletar pedras para as aulas de ciências na margem do rio ou colher ervas para fazer uma sopa na aula de culinária”.

Às vezes, um cachorro invade a sala, uma borboleta pousa em uma criança ou formigas atacam a cesta com os lanches. Todos esses “imprevistos” são transformados em momentos de aprendizado. “No caso das formigas, acabamos pegando lupas para descobrir de onde elas vinham e criando um “restaurante” fora da sala para que elas parassem de roubar nosso lanche. Por incrível que pareça, funcionou!”.

O fato das crianças passarem uma grande parte do tempo fora da sala de aula, desempenhando atividades diversas que demandam energia, na opinião de Janaina, faz com que casos de hiperatividade e déficit de atenção sejam praticamente inexistentes na escola. “Isso me leva a questionar se o aumento de casos no Brasil e outras partes do mundo são resultado de uma prática educacional inapropriada”, diz a professora referindo-se ao modelo tradicional de ensino que obriga os alunos a passarem muito tempo confinados e sob a lógica das aulas expositivas.

A professora conta que os educadores são constantemente desafiados a repensar suas práticas em sala de aula de modo a deixá-la mais sustentável. “Temos diversas comissões na escola que cuidam dos mais variados assuntos, e todas estas comissões incluem pais, alunos e professores. Há comissões encarregadas da parte da comida, segurança, saúde, bem-estar”.

O uso do óleo de palma, por exemplo, que é um dos principais causadores das queimadas das florestas em Sumatra e Bornéu, foi banido da escola há 2 anos. A instituição busca ainda fornecer apenas alimentos produzidos localmente. Não há copos descartáveis em suas dependências, toda a comunidade usa garrafas trazidas de casa. No último ano, criou-se um sistema de transporte para alunos e professores utilizando um ônibus movido a biodiesel produzido com os resíduos de óleo de cozinha da escola, casas e restaurantes nos arredores. “Além do biodiesel, estamos agora produzindo sabão que aos poucos é utilizado nos banheiros e demais áreas”.

Um dos espaços da escola Green School, localizada em Bali

Um dos espaços da escola Green School, localizada em Bali

 

Ainda um centro de reciclagem que não só ajuda a comunidade a dar um destino correto ao lixo, mas também capta dinheiro por meio da venda de materiais. “Uma grande parte dos meus projetos de arte utiliza materiais que encontro nesse centro de reciclagem”.

Mas nem tudo é um mar de rosas. Sobre os desafios de lecionar na escola, Janaina destaca lidar com o calor intenso e as doenças que uma floresta subtropical trazem, o acesso ao local que fica longe de onde mora, aprender a trabalhar em um lugar onde os pais têm acesso integral e ainda lidar com a escassez de recursos materiais. “Esses dois últimos pontos foram questões positivamente desafiadoras. Conheci e fiquei amiga de muitos pais, aprendi muito com eles e descobri que posso fazer muito mais coisa do que imaginava usando minha criatividade”, conta.

Em uma perspectiva comparativa, a professora coloca que a Green School tem muito a ensinar às escolas brasileiras e vice-versa. “Somos naturalmente inclusivos com o estrangeiro, algo que não acontece na Europa ou Estados Unidos”. Por sua vez, a escola indonésia sai na frente quando o assunto é a valorização de todas as formas de inteligência. “Ela incentiva seus alunos a aprimorar aquilo que eles têm de melhor, seja esse talento intelectual, artístico ou afetivo”.

Janaina também relata como positivo o protagonismo dado aos professores dentro da escola. “Nós, professores, exercemos um papel muito importante na mudança da sociedade. Eu vim para Bali porque sempre acreditei nisso e queria poder inspirar e, consequentemente, emponderar outros professores”, conclui.

Gato ‘estudante’ acumula títulos de melhor aluno em faculdade de SP

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Branco acompanha aula de direito na Fatec de Santos (Foto: Arquivo Pessoal)

Branco acompanha aula de direito na Fatec de Santos (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Orion Pires, no G1

Branco é daqueles ‘estudantes’ largados, que não levam nem mochila para a faculdade, e vivem rodeados de amigos. Apesar de não usar lápis, caneta ou borracha, há pouco mais de cinco anos ele frequenta aulas de todos os cursos da Fatec Rubens Lara, em Santos, no litoral de São Paulo, e faz questão de ser notado. Recentemente, ganhou até uma página em uma rede social de tão especial que é para os alunos, professores e funcionários. A fama seria até normal, caso Branco não fosse um gato.

O felino que frequenta as aulas como se fosse um aluno apareceu na unidade que fica na Ponta da Praia em meados de 2010 e, desde então, se tornou o mascote da Fatec e figura querida por todas as turmas. “O Branco é muito querido por todos. Ele é de uma vizinha da faculdade, mas começou a visitar e frequentar há algum tempo. O pessoal adotou ele como um verdadeiro mascote”, conta a ex-professora e voluntária Gisele Esteves Prado.

Branco dorme em cima da mochila de aluno (Foto: Arquivo Pessoal)

Branco dorme em cima da mochila de aluno (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Já Andressa Serpa que trabalha no setor administrativo da escola, garante que o jeito dengoso ganhou o coração dos estudantes. “Ele era xodó de uma senhora que fazia o café. Ela ficava sozinha na cozinha e o Branco acompanhava. Depois, ele começou a participar da secretaria. Diversas vezes eu chego para trabalhar e ele está no colo de algum aluno, deitado na mochila ou na porta de alguma sala de aula esperando para entrar. Já aconteceu de um professor dar aula e ele sentado na mesa ou na cadeira do professor”, comenta.

Foi graças a essa popularidade involuntária que Branco ganhou uma página oficial no Facebook. O “Branco da Fatec Silva” tem quase 2 mil curtidas e muitos ‘memes’ sobre o dia a dia do ambiente universitário. O moderador da página também aproveita o carisma do animal para dar recados importantes.

Branco adora ficar no laboratório da faculdade (Foto: Arquivo Pessoal)

Branco adora ficar no laboratório da faculdade (Foto: Arquivo Pessoal)

 

“É muito legal, porque ele realmente parece um estudante. Todo dia ele está na faculdade. Acompanha às aulas, vai na secretaria e fica nos laboratórios brincando com os mouses ou dormindo nos teclados. Como ele é muito mansinho e carinhoso, o pessoal dá comida para ele e ajuda a cuidar, mesmo sabendo que ele tem uma dona. Ele gosta tanto de lá que durante o período de férias fica até deprimido por não ver os alunos”, acrescenta a professora, cujo marido também é professor na unidade.

Para se ter uma ideia do currículo de Branco, a página oficial faz questão de descrever os principais títulos conquistados por ele ao longo dos anos nos vários cursos que frequentou. “Melhor Aluno ADS 2011, Melhor Aluno Gestão 2012, Melhor Aluno SI 2013 e Melhor Aluno Logística 2014”.

Independente das conquistas do pequeno felino, Andressa garante que o importante é a relação de amizade criada com toda a comunidade a partir da chegada de Branco. “Esse gato é um fofo. Eu já tive gato e tenho certeza que não teria tanta graça trabalhar se não tivesse ele. O ambiente fica mais alegre”, afirma.

Branco recebe carinho de aluna (Foto: Arquivo Pessoal)

Branco recebe carinho de aluna (Foto: Arquivo Pessoal)

Catadora vai à formatura carregando as latinhas que pagaram sua faculdade

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“Eu tinha que ser alguém na vida, não ser só sucateira, mas ter um curso superior pra dar exemplo para as minhas filhas.”

Publicado no Razões para Acreditar

A paraibana Luciene Gonçalves, 35 anos, conseguiu pagar os quatro anos do curso de serviço social em uma faculdade particular de Souza, no sertão da Paraíba, com o dinheiro arrecadado da venda de latinhas de alumínio.

A conquista serve de inspiração para as filhas que estão concluindo o ensino médio. O segredo para a vitória foi não perder tempo reclamando dos problemas da vida. “E eu sempre digo ao meu marido que não reclame, pois quem reclama não sai da lama”, disse a sucateira ao G1.

Ela entrou na faculdade junto com o marido, Pedro Filemon, 35 anos, também sucateiro e que escolheu estudar administração, após Luciene insistir para que ele participasse da seleção.

“Eu tinha que ser alguém na vida, não ser só sucateira, mas ter um curso superior pra dar exemplo para as minhas filhas. Tem gente que trabalha em escritório e diz que não tem tempo para estudar. Eu trabalho dentro da sujeira e pra mim não faltou garra para terminar meus estudos. Tem gente que reclama de barriga cheia”, afirma Luciene.

Luciene largou os estudos para trabalhar e ajudar a família. Dez anos depois de concluir o ensino médio, ela voltou para a sala de aula. “Serviço Social foi feito pra mim. Eu gosto muito de ajudar as pessoas. E depois que entrei no curso e fiz estágios, tive a certeza de que aquilo foi feito para mim”, diz.

Quando estava prestes a terminar o curso, o pai de Luciene ficou doente e ela era única pessoa que poderia acompanhá-lo na hemodiálise 3 vezes por semana.

“Às vezes chegava na sala de aula chorando, mas também amigas que foram como irmãs, que me apoiaram. Essa foi a época mais difícil, pois ocorreu quando eu já estava fazendo meu trabalho de conclusão de curso”, lembra Luciene.

No baile de formatura, ela decidiu homenagear o marido, que abriu mão de participar da comemoração. Luciene entrou no baile carregando latinhas e as imagens da festa emocionaram os internautas. “Eu quis homenagear e confesso que estou um pouco surpresa com a repercussão que está tendo”, conta.

Confira a entrada triunfal de Luciene no baile de formatura:

Foto: David Silva/Alian Eventos

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